No próximo domingo, 21, a Igreja
no Brasil e no mundo celebra o Dia Mundial das Missões. Trata-se de um
grande acontecimento e uma oportunidade de fazer sentir a vocação
missionária da Igreja. O documento Redemptoris Missio,
Encíclica do papa João Paulo II sobre a validade permanente do mandato
missionário, exorta, “todas as Igrejas e os pastores, os sacerdotes, os
religiosos e os fiéis, a se abrirem à universalidade da Igreja, evitando
toda a forma de particularismo, exclusivismo, ou qualquer sentimento de
autossuficiência (RM 85)”.
Em
outras palavras, o documento faz um apelo a toda a Igreja: de se abrir
para Missão além-fronteiras, conforme o mandato do próprio Jesus Cristo.
A Igreja “foi enviada para manifestar e comunicar a caridade de Deus a
todos os homens e povos (Jo 10, 10)”, mandato que o Redemptoris Missio
também frisa. “Esta Missão é única, sendo a mesma a sua origem e fim;
mas, na sua dinâmica de realização, há diversas funções e atividades.
Antes de tudo está a ação missionária denominada ‘missão ad gentes’”.
O
Dia Mundial das Missões tem o objetivo de celebrar a unidade da Igreja
através da partilha e da fraternidade. Os filhos de Deus, nesse dia,
devem festejar a universalidade da Missão em colaboração intensa e
espiritual de generosa ajuda. O ato do papa Pio XI na solenidade de
Pentecostes de 1922 sintetiza o que deveria ser o Dia Mundial das
Missões dali em diante. O pontífice interrompeu sua homilia e, em meio a
impressionante silêncio, tomou seu solidéu, fazendo-o passar entre a
multidão de bispos, presbíteros e fiéis na Basílica de São Pedro, no
Vaticano, enquanto pedia a toda a Igreja ajuda para as Missões.