Foi noticiado hoje, 18, no Jornal Italiano Avvenire, um depoimento de um ateu, que se sentiu tocado com as atitudes dos jovens que estão participando da Jornada Mundial da Juventude 2011, em Madrid. Confira, na íntegra:
"Sou um laico, sempre fui um não credente. Mas quero comunicar-lhe a minha profunda emoção, queria também dizer comoção, diante do espetáculo maravilhoso destes dias em Madrid.
Retornei há poucos dias do México, e passando pela capital (moro nas Astúrias) encontrei alguma coisa que não podia imaginar. Jovens e adolescentes felizes que cantam pelas ruas, gente que tem somente a vontade de estar unida e de viver a Jornada da juventude com alegria, com solidariedade.
Eu, que fui sempre crítico com aquilo que julgo os erros da Igreja, particularmente na Espanha e na América do Sul, reconheço hoje que a mensagem do Papa está chegando verdadeiramente às novas gerações. Me agrada poder dizer que aqui, entre tantos jovens de Madri, se sente uma força revolucionária que ninguém nestes tempos consegue ter, se sente a proximidade, o afeto pelos pobres, o desejo de lutar contra a injustiça, e se percebe verdadeiramente a amizade e a igualdade. Todos os valores pelos quais, durante toda a minha vida, estou estou combatendo.
Por este motivo, me pergunto agora, eu que sou marxista e ateu, devo reconhecer que somente aqui, entre os jovens cristãos, existem verdadeiramente os valores pelos quais luto há tanto tempo? A interrogação é difícil, muito, e agora ressoa forte na minha mente. Por isso decidi: permaneço em Madri, para ver o Papa e para sentir como é doce esta revolução! Muitas saudações e peço desculpa pelo meu italiano escrito errado".
Retornei há poucos dias do México, e passando pela capital (moro nas Astúrias) encontrei alguma coisa que não podia imaginar. Jovens e adolescentes felizes que cantam pelas ruas, gente que tem somente a vontade de estar unida e de viver a Jornada da juventude com alegria, com solidariedade.
Eu, que fui sempre crítico com aquilo que julgo os erros da Igreja, particularmente na Espanha e na América do Sul, reconheço hoje que a mensagem do Papa está chegando verdadeiramente às novas gerações. Me agrada poder dizer que aqui, entre tantos jovens de Madri, se sente uma força revolucionária que ninguém nestes tempos consegue ter, se sente a proximidade, o afeto pelos pobres, o desejo de lutar contra a injustiça, e se percebe verdadeiramente a amizade e a igualdade. Todos os valores pelos quais, durante toda a minha vida, estou estou combatendo.
Por este motivo, me pergunto agora, eu que sou marxista e ateu, devo reconhecer que somente aqui, entre os jovens cristãos, existem verdadeiramente os valores pelos quais luto há tanto tempo? A interrogação é difícil, muito, e agora ressoa forte na minha mente. Por isso decidi: permaneço em Madri, para ver o Papa e para sentir como é doce esta revolução! Muitas saudações e peço desculpa pelo meu italiano escrito errado".
Paco Ignacio Taibo, Madrid
Tradução: Pe. Cícero Lenisvaldo
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