“Na Bíblia é comum encontrarmos alguns livros com os números 1 e 2, como o livro dos Reis, Samuel e Coríntios. Por que estes livros são organizados assim e os outros não?”
Caríssimo leitor, a Bíblia, livro onde foi cristalizado o conteúdo daquilo que Deus revelou aos seus por meio de Jesus Cristo, único Revelador do Pai, está dividida em duas partes: Antigo Testamento e Novo Testamento, e possui 73 livros, os quais são 46 livros no AT e 27 livros no NT. Todos os 73 livros e somente estes são considerados inspirados por Deus. Eles formam o chamado “cânon” da Sagrada Escritura, ou seja, a relação de livros considerados sagrados por ter Deus como autor. Mesmo com tantos livros, um só é o centro da Sagrada Escritura: Jesus Cristo. O Antigo Testamento é visto como preparação para Jesus Cristo. Todo o texto sagrado, portanto, deve ser interpretado em relação a Ele.
A Bíblia chegou até nós através da Igreja Católica. A edição que é usada pelos protestantes, estes a receberam da Igreja Católica. Nós, católicos, assumimos este número de livros, que chamamos “cânon”, porque no Concílio de Trento (Reunião de bispos na cidade de Trento, Itália, ano 1545) a Igreja declarou solenemente que os livros que fazem parte do cânon são somente os 73 e todos eles. Porém, a Igreja não fez isso sem motivos, mas porque já antes dela estes livros eram citados pelos cristãos, bispos, teólogos; o próprio Cristo e os Apóstolos usaram estes livros que o Concílio de Trento declarou como canônicos. O uso na Igreja, a Tradição, foi importante para o discernimento do número de livros sagrados. O protestantismo rejeitou 7 desses livros, dizendo que não são inspirados; que pena, pois deixam de desfrutar das riquezas teológicas que eles contêm. Recordemos que se a Igreja Católica os adotou foi pelo fato de que os próprios Apóstolos os usavam.
Como reconhecer uma Bíblia Católica?
A Bíblia Católica traz sempre na primeira página o IMPRIMATUR (traduz-se por: “IMPRIMA-SE”), expressão emitida por um Bispo que autoriza a impressão dela. Os Bispos, na qualidade de legítimos sucessores dos Apóstolos, garantem assim que se trata de Palavra de Deus autêntica. Uma Bíblia que não possui o IMPRIMATUR, podemos dizer que não é Palavra de Deus autêntica, pois é incompleta e a tradução pode conter expressões ou palavras que dificultam o sentido correto do texto.
Quanto ao que você pergunta, caro leitor, você percebeu que existem livros que repetem o nome de outros, como é o caso das Cartas enviadas por São Paulo aos cristãos da cidade de Corinto. Aqui é fácil compreender porque se trata de uma primeira carta enviada, seguida por uma segunda carta. O que não é o caso da Carta aos cristãos Romanos, também enviada por São Paulo; podemos imaginar a possibilidade de que ele tenha escrito outras cartas aos cristãos da cidade de Roma, porém, não há registro, somente uma foi conservada. No NT aparecem outros livros com este mesmo aspecto; por exemplo: São três cartas de São João, duas de São Paulo enviadas a Timóteo, duas escritas por São Pedro... mas agora eu creio que você já entende a questão.
Caríssimo leitor, a Bíblia, livro onde foi cristalizado o conteúdo daquilo que Deus revelou aos seus por meio de Jesus Cristo, único Revelador do Pai, está dividida em duas partes: Antigo Testamento e Novo Testamento, e possui 73 livros, os quais são 46 livros no AT e 27 livros no NT. Todos os 73 livros e somente estes são considerados inspirados por Deus. Eles formam o chamado “cânon” da Sagrada Escritura, ou seja, a relação de livros considerados sagrados por ter Deus como autor. Mesmo com tantos livros, um só é o centro da Sagrada Escritura: Jesus Cristo. O Antigo Testamento é visto como preparação para Jesus Cristo. Todo o texto sagrado, portanto, deve ser interpretado em relação a Ele.
A Bíblia chegou até nós através da Igreja Católica. A edição que é usada pelos protestantes, estes a receberam da Igreja Católica. Nós, católicos, assumimos este número de livros, que chamamos “cânon”, porque no Concílio de Trento (Reunião de bispos na cidade de Trento, Itália, ano 1545) a Igreja declarou solenemente que os livros que fazem parte do cânon são somente os 73 e todos eles. Porém, a Igreja não fez isso sem motivos, mas porque já antes dela estes livros eram citados pelos cristãos, bispos, teólogos; o próprio Cristo e os Apóstolos usaram estes livros que o Concílio de Trento declarou como canônicos. O uso na Igreja, a Tradição, foi importante para o discernimento do número de livros sagrados. O protestantismo rejeitou 7 desses livros, dizendo que não são inspirados; que pena, pois deixam de desfrutar das riquezas teológicas que eles contêm. Recordemos que se a Igreja Católica os adotou foi pelo fato de que os próprios Apóstolos os usavam.
Como reconhecer uma Bíblia Católica?
A Bíblia Católica traz sempre na primeira página o IMPRIMATUR (traduz-se por: “IMPRIMA-SE”), expressão emitida por um Bispo que autoriza a impressão dela. Os Bispos, na qualidade de legítimos sucessores dos Apóstolos, garantem assim que se trata de Palavra de Deus autêntica. Uma Bíblia que não possui o IMPRIMATUR, podemos dizer que não é Palavra de Deus autêntica, pois é incompleta e a tradução pode conter expressões ou palavras que dificultam o sentido correto do texto.
Quanto ao que você pergunta, caro leitor, você percebeu que existem livros que repetem o nome de outros, como é o caso das Cartas enviadas por São Paulo aos cristãos da cidade de Corinto. Aqui é fácil compreender porque se trata de uma primeira carta enviada, seguida por uma segunda carta. O que não é o caso da Carta aos cristãos Romanos, também enviada por São Paulo; podemos imaginar a possibilidade de que ele tenha escrito outras cartas aos cristãos da cidade de Roma, porém, não há registro, somente uma foi conservada. No NT aparecem outros livros com este mesmo aspecto; por exemplo: São três cartas de São João, duas de São Paulo enviadas a Timóteo, duas escritas por São Pedro... mas agora eu creio que você já entende a questão.
No AT, há também a repetição dos nomes nos livros: dois livros dos Macabeus, dois livros dedicados a Samuel, dois denominados Crônicas, entre outros.
Quando nos referimos ao livro dos reis, que são dois, como entender? Primeiro é importante saber que no início, os dois formavam um só livro. Foi a edição grega da Bíblia, também conhecida como a “septuaginta” (Bíblia dos setenta – muitos anos antes de Cristo, muitos judeus foram para o Egito, ali fizeram a tradução da Bíblia para o grego; esse trabalho foi feito por setenta sábios, por isso a Bíblia dos setenta) que dividiu em dois livros. Estes livros descrevem a história dos reis de Judá e de Israel, dos últimos anos de Davi até a destruição de Jerusalém (ano 586 a.C.), com algumas informações sobre o cativeiro na Babilônia.
A pergunta é: por qual motivo a divisão em dois? Segundo a obra de Rolf Rendtorff: Introduzione all’Antico Testamento, acredita-se que foi motivada por razões práticas, para facilitar a apresentação dos períodos históricos.
Quanto ao livro dos Macabeus, existe no cânon dois livros, os quais descrevem a luta do judaísmo contra o helenismo (influência grega pagã) que o rei Antíoco IV havia imposto aos judeus. Os dois livros não formam uma só história (como acontece com I e II Samuel, I e II Reis, I e II Crônicas), mas falam do mesmo período; sendo que 1Mac. vai de 175 a 135 a.C. e 2Mac de 175 a 161 a.C.
Dessa maneira, cada livro em que houve a repetição de nomes tem suas especificidades; mas o motivo que responde à sua pergunta é o fato de que um redator final chegou a fazer a divisão por questões práticas, para facilitar a exposição do conteúdo ou coisa parecida. Imaginemos, por exemplo, um escritor que deseja narrar a história do Brasil; ele poderia colocar todo o conteúdo em um só volume, mas também poderia dividir o conteúdo em vários volumes: período pré-colonial, período colonial, período da corte no Brasil, período do Império, período da República. O que justificaria isso seria uma questão de organização. Dessa maneira, podemos também compreender o porquê de alguns nomes de livros serem repetidos.
Espero ter esclarecido a dúvida e questão.
Que Deus abençoe a todos!
Pe. Cícero Lenisvaldo
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