quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Padre Responde - Nome de Batismo e Pecados Mortais

Padre Lenisvaldo, na verdade trago aqui 2 curiosidades: A 1ª o senhor comentou no curso que ministra nas sextas-feiras na matriz sobre alguns nomes que não são aceitos pela igreja católica e, num outro dia comentou, que apresentaria uma lista de pecados mortais, ou seja de pecados que são necessários à confissão, nos dois casos ficou de apresentar lista de ambos, por isso estou curiosíssima para saber.


Caríssimo leitor, se me recordo bem, a questão que foi colocada no curso de catequese para adultos foi que sempre as famílias católicas tiveram o costume de colocar o nome de batismo dos filhos em referência a um santo, por exemplo: “Rafael, Antônio, Maria, Ana..”. Isso significa que aquela família possuía uma identidade cristã, pelo fato de colocar os acontecimentos da vida em referência à fé, um sinal era a escolha do nome de um santo para o filho. Aquele santo, inclusive, tornava-se modelo de ideal para a criança. Esse costume é muito louvável e deve ser mantido.


Verificamos hoje que algumas famílias católicas escolhem para os filhos nomes que não estão mais em referência à religião, mas em referência a artistas do mundo da música, do cinema, personagens famosos... Isso pode indicar uma crise de identidade religiosa naquela família. Pode ser que aquela família tenha muita influência dos meios de comunicação a ponto de que os referenciais para ela são aquilo que vêem pela televisão etc. Em todo caso, não podemos dizer que estão erradas as famílias que escolhem outros nomes que não estejam em referência à fé. Seria louvável que os pais colocassem sempre o nome dos filhos tendo como referência algum santo da Igreja, mas não errariam se escolhessem outro nome. Há personagens na história que foram importantes e deixaram um exemplo construtivo para a humanidade, mesmo se não foram canonizados pela Igreja.

Seria errado se a família escolhesse um nome não cristão com a intenção de ir explicitamente de encontro à fé, ou se o nome estivesse em referência a um personagem ou a algo que tenha sido contrário à fé cristã. Imagine, por exemplo, uma família que escolhe para o filho o nome “Nero”, isso seria estranho, pois este personagem da história foi declaradamente contrário à fé cristã, perseguindo de morte a muitos de nossos irmãos do início da Igreja, além de ter deixado uma fama de uma vida cheia de vícios e outras coisas que não correspondem com os valores do Evangelho de Cristo.

Por isso, recomendo aos pais cristãos que conservem este bom costume de escolher o nome para os filhos em referência a algum santo; mas se decidirem escolher outros nomes para os filhos, que pelo menos verifiquem quem realmente é aquela pessoa de cujo nome buscaram inspiração, quais seus costumes, crença, valores... pois isso, de certa maneira, terá uma influência na vida de quem recebe tal nome.

A outra solicitação que você faz já foi apresentada no site de nossa Paróquia; em todo caso, disponibilizo mais uma vez. Mais adiante, haverá no nosso site indicações sobre os sacramentos, e então, este exame de consciência ficará permanente e em lugar mais visível para quem visitar o site.


EXAME DE CONSCIÊNCIA

Oração para antes da Confissão:
“Senhor, iluminai-me para me observar como Vós me observais, e dai-me a graça de me arrepender verdadeira e efetivamente dos meus pecados. Ó Virgem Santíssima, ajudai-me a fazer uma boa confissão.”

Como se Confessar:
“Antes de mais, examine bem a sua consciência. Em seguida, diga ao sacerdote que pecados específicos cometeu, e, com a maior exatidão possível, quantas vezes os cometeu desde a sua última boa confissão. Só é obrigado a confessar os pecados mortais, visto que, pode obter o perdão dos seus pecados veniais através de sacrifícios e atos de caridade. Se estiver em dúvida sobre se um pecado é mortal ou venial, mencione ao confessor a sua dúvida. Recorde-se, também, que a confissão dos pecados veniais ajuda muito a evitar o pecado e a avançar na direção do Céu.”

Condições necessárias para um pecado ser mortal:
Matéria séria - Reflexão suficiente - Pleno consentimento da vontade

Considerações preliminares:
· Alguma vez deixei de confessar um pecado grave, ou conscientemente disfarcei ou escondi um tal pecado?
Nota: Esconder deliberadamente um pecado mortal invalida a confissão, e é igualmente pecado mortal. Lembre-se que a confissão é privada e sujeita ao Sigilo da Confissão, o que quer dizer que é pecado mortal um sacerdote revelar a quem quer que seja a matéria de uma confissão.
Alguma vez fui irreverente para com este Sacramento, não examinando a minha consciência com o devido cuidado? Alguma vez deixei de cumprir a penitência que o sacerdote me impôs? Tenho quaisquer hábitos de pecado grave que deva confessar logo no início (por exemplo, impureza, alcoolismo, etc.)?

Primeiro Mandamento: Eu sou o Senhor teu Deus, Não terás deuses estranhos perante Mim (incluindo pecados contra a Fé, Esperança e Caridade).
Descuidei o conhecimento da minha fé, tal como o Catecismo a ensina, tal como o Credo dos Apóstolos, os Dez Mandamentos, os Sete Sacramentos, o Pai Nosso, etc? Alguma vez duvidei deliberadamente de algum ensinamento da Igreja, ou o neguei? Tomei parte num ato de culto não católico? Sou membro de alguma organização religiosa não católica, de alguma sociedade secreta ou de um grupo anti-católico? Alguma vez li, com consciência do que fazia, alguma literatura herética, blasfema ou anti-católica? Pratiquei alguma superstição (tal como horóscopos, adivinhação, tábua Ouija, etc.)? Omiti algum dever ou prática religiosa por respeitos humanos? Recomendo-me a Deus diariamente? Tenho rezado fielmente as minhas orações diárias? Abusei os Sacramentos de alguma maneira? Recebi-os com irreverência? Zombei de Deus, de Nossa Senhora, dos Santos, da Igreja, dos Sacramentos, ou de quaisquer coisas santas? Fui culpado de grande irreverência na igreja, como, por exemplo, em conversas, comportamento ou modo como estava vestido? Fui indiferente quanto à minha Fé Católica — acreditando que uma pessoa pode salvar-se em qualquer religião, ou que todas as religiões são iguais? Presumi em qualquer altura que tinha garantida a misericórdia de Deus? Desesperei da misericórdia de Deus? Detestei a Deus? Dei demasiada importância a alguma criatura, atividade, objeto ou opinião?

Segundo Mandamento: Não tomarás o Nome do Senhor teu Deus em vão.
Jurei pelo nome de Deus falsamente, impensadamente, ou em assuntos triviais e sem importância? Murmurei ou queixei-me contra Deus (blasfêmia)? Amaldiçoei-me a mim próprio, ou a outra pessoa ou criatura? Provoquei alguém à ira, para o fazer praguejar ou blasfemar a Deus? Quebrei uma promessa feita a Deus?

Terceiro Mandamento: Recorda-te de santificar o Dia de Sábado.
Faltei à Missa nos Domingos ou Festas de guarda? Cheguei atrasado à Missa nos Domingos e Dias Santos de guarda, ou saí mais cedo por minha culpa? Fiz com que outras pessoas faltassem à Missa nos Domingos e Dias Santos de guarda, ou saíssem mais cedo, ou chegassem atrasados à Missa? Estive distraído propositadamente durante a Missa? Fiz ou mandei fazer trabalho servil desnecessário num Domingo ou Festa de guarda?

Quarto Mandamento: Honra o teu pai e a tua mãe.
Desobedeci aos meus pais, faltei-lhes ao respeito, descuidei-me em ajudá-los nas suas necessidades ou na compilação do seu testamento, ou recusei-me a fazê-lo? Mostrei irreverência em relação a pessoas em posições de autoridade? Insultei ou disse mal de sacerdotes ou de outras pessoas consagradas a Deus? Tive menos reverência para com pessoas de idade? Tratei mal a minha esposa ou os meus filhos? Foi desobediente ao meu marido, ou faltei-lhe ao respeito?
Sobre os meus filhos: Descuidei as suas necessidades materiais? Não tratei de os fazer batizar cedo? Descuidei a sua educação religiosa correta? Permiti que eles descuidassem os seus deveres religiosos? Deixei de vigiar as companhias com quem andam? Deixei de os disciplinar quando necessitassem de tal? Dei-lhes mau exemplo? Escandalizei-os, discutindo com o meu cônjuge em frente deles? Escandalizei-os ao dizer obscenidades na sua frente? Permiti-lhes que usassem roupa imodesta? Comprei tais roupas para eles? Neguei-lhes a liberdade de casar ou seguir uma vocação religiosa?

Quinto Mandamento: Não matarás.

Procurei, desejei ou apressei a morte ou o ferimento de alguém? Alimentei ódio para com alguém? Oprimi alguém? Desejei vingar-me? Provoquei a inimizade entre outras pessoas? Discuti ou lutei com alguém? Desejei mal a alguém? Quis ferir ou maltratar alguém, ou tentei fazê-lo? Recuso-me a falar com alguém, ou ressentimento de alguém? Regozijei-me com a desgraça alheia? Tive ciúmes ou inveja de alguém? Fiz ou tentei fazer um aborto, ou aconselhei alguém a que o fizesse? Mutilei o meu corpo desnecessariamente de alguma maneira? Consenti em pensamentos de suicídio, desejei suicidar-me ou tentar suicidar-me? Embriaguei-me ou usei drogas ilícitas? Comi demais, ou não como o suficiente por descuido (isto é, alimentos nutritivos)? Deixei de corrigir alguém dentro das normas da caridade? Causei dano à alma de alguém, especialmente crianças, dando escândalo através de mau exemplo? Fiz mal à minha alma, expondo-a intencionalmente e sem necessidade a tentações, como maus programas de TV, música reprovável, praias, etc.?

Sexto e Nono Mandamentos: Não cometerás adultério. Não cobiçarás a mulher do próximo.
Neguei ao meu cônjuge os seus direitos matrimoniais? Pratiquei o controlo de natalidade (com pílulas, dispositivos, interrupção)? Abusei dos meus direitos matrimoniais de algum outro modo? Cometi adultério ou fornicação (sexo pré-marital)? Cometi algum pecado impuro contra a natureza (homosexualidade ou lesbianismo, etc.)? Toquei ou abracei outra pessoa de forma impura? Pratiquei a troca prolongada de carícias? Pequei impuramente contra mim próprio (masturbação)? Consenti em pensamentos impuros, ou tive prazer neles? Consenti em desejos impuros para com alguém, ou desejei conscientemente ver ou fazer alguma coisa impura? Entreguei-me conscientemente a prazeres sexuais, completos ou incompletos? Fui ocasião de pecado para os outros, por usar roupa justa, reveladora ou imodesta? Fiz alguma coisa, deliberadamente ou por descuido, que provocasse pensamentos ou desejos impuros noutra pessoa? Li livros indecentes ou vi figuras obscenas? Vi filmes ou programas de televisão sugestivos, ou pornografia na Internet, ou permiti que os meus filhos os vissem? Usei linguagem indecente ou contei histórias indecentes? Ouvi tais histórias de boa vontade? Gabei-me dos meus pecados, ou deleitei-me em recordar pecados antigos? Estive com companhias indecentes? Consenti em olhares impuros? Deixei de controlar a minha imaginação?
Rezei imediatamente, para afastar maus pensamentos e tentações? Evitei a preguiça, a gula, a ociosidade, e as ocasiões de impureza? Fui a bailes imodestos ou peças de teatro indecentes?

Sétimo e Décimo Mandamentos: Não roubarás. Não cobiçarás os bens do teu próximo.
Roubei alguma coisa? O quê, ou quanto? Danifiquei a propriedade dos outros? Deixei estragar, por negligência, a propriedade dos outros? Fui negligente na guarda do dinheiro ou bens dos outros? Fiz trapaça ou defraudei alguém?
Joguei em excesso? Recusei-me a pagar alguma dívida, ou descuidei-me no seu pagamento? Adquiri alguma coisa que sabia ter sido roubada? Deixei de restituir alguma coisa emprestada? Lesei o meu patrão, não trabalhando como se esperava de mim? Fui desonesto com o salário dos meus empregados? Recusei-me a ajudar alguém que precisasse urgentemente de ajuda, ou descuidei-me a fazê-lo? Deixei de restituir o que roubei, ou obtive por embuste ou fraude? (Pergunte ao sacerdote como poderá fazer a restituição, ou seja, devolver ao legítimo dono o que lhe tirou).
Tive inveja de alguém, por ter algo que eu não tenho? Invejei os bens de alguém? Tenho sido avarento? Tenho sido cúpido e invejoso, dando demasiada importância aos bens e confortos materiais? O meu coração inclina-se para as posses terrenas ou para os verdadeiros tesouros do Céu?

Oitavo Mandamento: Não levantarás falsos testemunhos contra o teu próximo.
Menti a respeito de alguém (calúnia)? As minhas mentiras causaram a alguém danos materiais ou espirituais? Fiz julgamentos temerários a respeito de alguém (isto é, acreditei firmemente, sem provas suficientes, que eram culpados de algum defeito moral ou crime)? Atingi o bom nome de alguém, revelando faltas autênticas mas ocultas (maledicência)? Revelei os pecados de outra pessoa? Fui culpado de fazer intrigas (isto é, de contar alguma coisa desfavorável que alguém disse de outra pessoa, para criar inimizade entre eles)? Dei crédito ou apoio à divulgação de escândalos sobre o meu próximo? Jurei falso ou assinei documentos falsos? Sou crítico ou negativo sem necessidade ou falto à caridade nas minhas conversas? Lisonjeei outras pessoas?

Descuidei-me no cumprimento das obras seguintes, quando as circunstâncias mo pediam?
As sete obras de Misericórdia espirituais
Dei bom conselho aos que estavam em pecado? Ensinei os irmãos menos instruídos? Aconselhei os que duvidam? Consolei os tristes? Suportei com paciência as fraquezas do meu próximo? Perdoei as injúrias por amor de Deus? Roguei a Deus pelos vivos e pelos defuntos?
As sete obras de Misericórdia corporais
Dei de comer a quem tinha fome? Dei de beber a quem tinha sede? Vesti os nus? Visitei e procurei resgatar os cativos do pecado? Deu assistência a eles? Dei pousada aos peregrinos? Visitei os doentes? Enterrei os mortos?

Nove maneiras de ser cúmplice do pecado de outrem
Alguma vez fiz deliberadamente com que outros pecassem? Alguma vez cooperei nos pecados de outrem: - Aconselhando? - Mandando? - Consentindo? - Provocando? - Lisonjeando? - Ocultando? - Compartilhando? - Silenciando? - Defendendo o mal feito?

Os quatro pecados que bradam aos Céus
Homicídio voluntário. O pecado de sodomia ou lesbianismo. Opressão dos pobres. Não pagar o salário justo a quem trabalha.

Os cinco Mandamentos da Igreja
Ouvi Missa nos Domingos e Festas de guarda? Cumpri o jejum e a abstinência nos dias prescritos, e guardei o jejum eucarístico? Confessei-me pelo menos uma vez no ano? Recebi a Sagrada Eucaristia pelo menos uma vez por ano? Contribui, na medida do possível, para as despesas do culto?

Finalmente:
Recebi a Sagrada Comunhão em estado de pecado mortal?

Oração para uma boa confissão:
Meu Deus, por causa dos meus pecados crucifiquei de novo o Vosso Divino Filho e escarneci dEle. Por isto sou merecedor da Vossa cólera e expus-me ao fogo do Inferno. E como fui ingrato para conVosco, meu Pai do Céu, que me criastes do nada, me redimistes pelo preciosíssimo sangue do Vosso Filho e me santificastes pelos Vossos santos Sacramentos e pelo Espírito Santo! Mas Vós poupastes-me pela Vossa misericórdia, para que eu pudesse fazer esta confissão. Recebei-me, pois, como Vosso filho pródigo e dai-me a graça de uma boa confissão, para que possa recomeçar a amar-Vos de todo o meu coração e de toda a minha alma, e para que possa, a partir de agora, cumprir os Vossos Mandamentos e sofrer com paciência os castigos temporais que possam cair sobre mim. Espero, pela Vossa bondade e poder, obter a vida eterna no Paraíso. Por Jesus Cristo, Nosso Senhor. Amém

Nota final
Lembre-se de confessar os seus pecados com arrependimento sobrenatural, tendo uma resolução firme de não tornar a pecar e de evitar situações que levem ao pecado. Peça ao seu confessor que o ajude a superar alguma dificuldade que tenha em fazer uma boa confissão. Cumpra prontamente a sua penitência.

Ato de Contrição
Senhor, eu me arrependo sinceramente de todo mal que pratiquei e do bem que deixei de fazer. Pecando, eu vos ofendi, meu Deus e sumo bem, digno de ser amado sobre todas as coisas. Prometo firmemente, ajudado com a vossa graça, fazer penitência e fugir às ocasiões de pecar. Amém.

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